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Foto do escritorMeeting Lisboa

Entrevista | Da informática ao Paraíso

A exposição sobre Carlo Acutis tem uma particularidade: foi montada por um grupo de jovens rapazes. Eles deixaram-se impressionar pela história deste rapaz santo da sua idade, e deram seguimento a esse entusiasmo. Para abrir o apetite, pedimos ao Martim, um dos principais organizadores, para nos introduzir à exposição e à vida do Carlo.


Madalena Quintela: De onde e como é que surgiu a exposição?

Martim: Vamos voltar um bocadinho atrás. Foi num almoço habitual com a Sofia, em que tínhamos acabado de ver o filme épico sobre o Carlo Acutis. A Sofia ficou tão espantada com o nosso entusiasmo que nos desafio a fazer alguma coisa para que mais gente pudesse conhecer a história do Carlo. A Sofia insistiu para nós fazermos a exposição. A verdade é que ainda não sabíamos bem quem era o nós, mas ela disse para eu organizar um grupo e fazer a exposição. Aquilo parecia que nunca mais andava, passava uma semana, duas, três… até que, finalmente, depois de um desafio final, reuni alguns amigos, combinámos e acabámos por apresentar a exposição no Colégio do São Tomás.

MQ: Tu ficaste logo impressionado com a história do Carlo, ou foi só depois que foi crescendo o entusiasmo? E o que te impressionou?

M: Eu já estava impressionado, só que acho que depois de fazer a exposição fomos ficando cada vez mais impressionados, porque o fomos conhecendo melhor. E depois de fazer a exposição, fiquei impressionado com a maneira como ele vivia a fé.

MQ: No quê concretamente?

M: Vou só contar aqui um exemplo. Aos quatro anos, uns rapazes na escola estavam a bater-lhe e ele não respondia na mesma moeda. Depois a professora perguntou-lhe porque é que ele não fez nada, e ele disse «O Senhor não ia gostar que eu reagisse com agressividade». E eu penso em mim aos quatro anos… Nem sabia quem era o Senhor! Sabia que tinha que ir à missa, que era uma coisa obrigatória. Mas não passava daí.

MQ: O que é que tu gostavas de ter do Carlo que fosse teu?

M: Isso mesmo, que a fé não fosse só teoria, que conseguisse passar à prática.

MQ: E entretanto a exposição não esteve só no Colégio do São Tomás. Já esteve noutros lugares, em Torre de Moncorvo, e agora aqui. Porque é que quiseram levar a exposição para fora?

M: Pela mesma razão pela qual fizemos que nos levou a fazer a exposição em primeiro lugar: para mostrar às pessoas a vida do Carlo, que deve ser conhecida; e partilhar o entusiasmo que nós temos com as outras pessoas. As coisas boas não queremos guardar. Queremos partilhar.

MQ: Para o mundo de hoje, o que é que tu achas que o Carlo tem para oferecer?

M: Muita coisa!, Até porque ele é um Santo relativamente atual. Ele era como nós, jogava videojogos e assim. Mas depois ao pé disto conseguia sempre conciliar um tempo, um tempo que era indispensável para ele, que era um tempo para estar com Deus, ir à missa, rezar. E até viver a vida como se fosse mesmo um dom.

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